sexta-feira, 18 de março de 2016

Não é óbvio?

                Por indicação de um professor da faculdade, li o livro Óbvio Adams, a história de um empresário de sucesso. E cara, o livro é genial! Quando o professor falou em sala que este é um livro que deveríamos ter em casa e ler de vez em quando, fiquei meio assim, achando que deveria ser um calhamaço chatinho que eu iria ler um vez e iria cair no esquecimento na prateleira do meu quarto. Resultado: comprei o livro, li uma vez e depois li tudo de novo só para poder grifar todas as partes legais, que dá quase o livro todo.                               Fazer resenhas de livros aqui no Feita de Fatos não era a ideia principal, até porque como já mencionei em outro texto, o meu blog instigou minha irmã a criar o próprio espaço dela para fazer resenhas literárias. Mas como o livro faz referência ao curso que faço, Publicidade e Propaganda, creio eu que tenho o crédito de falar dele para vocês.                O livro conta a história de um empresário de sucesso. Ah, vá. Hahahahah. Bom, o livro tem uma linguagem bem simples, e eu quando comecei a ler, sentia a impressão de estar lendo uma conversa em bate-papo, com alguém me falando claramente como aconteceu as coisas. É esse o ponto bacana do livro. Ele é claro e objetivo, mas ao mesmo tempo não te leva ao resultado final, ele te faz reconhecer os caminhos para chegar no final, no objetivo.              

                Oliver B. Adams, na história de Updegraff, é um garotinho de 12 anos, que nasceu de uma família pobre e teve uma mera educação, sendo obrigado a trabalhar cedo. Tempo passa e Adams, agora já crescido, embarca para Nova York para trabalhar e estudar com o pouco dinheiro que ganhava. Quando o curso que fazia estava quase no fim, o diretor da tal escola programou uma série de palestras vocacionais, e o primeiro palestrante foi o Presidente de uma grande agência de Publicidade e Propaganda. A palestra abriu os olhos de Adams para o mundo dos negócios, e naquela mesma noite, ao chegar em casa e deitar a cabeça no travesseiro, Adams decidiu que queria trabalhar com propaganda. Aí pronto, em 26 páginas o livro já me ganhou e essa foi a primeira parte grifada do livro.               

                Tendo essa grande constatação de seu futuro, Adams fez o óbvio, procurou o Presidente da grande agência e lhe comunicou que queria trabalhar para ele. Como o personagem do Presidente menciona no livro, essas foram as palavras de Adams, "quero entrar para a publicidade, quero trabalhar para o senhor e pensei que o óbvio era vir e lhe dizer isso." E nesse instante, o personagem do Presidente compreende que 'quantas pessoas têm o poder de ver e fazer a coisa óbvia? E quantas têm a persistência necessária para levar a cabo a ideia óbvia?' Bingo. Segunda parte grifada no livro. E o livro vai se desenrolando assim, contando a história de uma cara que ficou conhecido não porque tinha ideias top das galáxias dentro da agência, mas por acreditar que não podemos descartar o óbvio, pois as vezes ele é o melhor para resolver nossos problemas diários.             

                

                 Sem mais spoilers sobre esse livro fantástico, só tenho a dizer que é ÓBVIO que vocês precisam ir correndo fazer uns orçamentos na Estante Virtual, Saraiva, Submarino, ou dar uma pesquisadinha no Google Drive e afins e ver se vocês estão deixando passar muita coisa por aí. Não só quem tá nessa área de Publicidade, mas todo mundo. Porque todo mundo têm problemas a serem resolvidos e todo mundo cria mil e uma ideias problemáticas para resolver quando na verdade é só focar no óbvio e ver o que ele pode oferecer. "Sempre que uma ideia parecer brilhante, engenhosa ou complicada, devemos desconfiar dela. É muito provável que não seja o óbvio."                           

                    "O mundo está cheio de necessidades não expressas e despercebidas, à espera das pessoas capazes de recorrer ao óbvio para resolver os problemas aparentemente insolúveis do cotidiano. Tome nota: elas serão regiamente recompensadas!"                            Valeu Updegraff, por mostrar que temos que lidar com os fatos e fases com naturalidade.                         

                  Ao que tudo indica, somos feitos de fatos, somos feitos de fases, e somos feitos de uma grande dose de obviedade. 

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